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Tuesday, February 2, 2010

Razao emocional.



O quanto às emoções podem influenciar e interferir em nossas decisões? Por outro lado, a racionalidade é um instrumento quase matemático na escolha de uma ou outra opção.

Até onde a razão interfere em uma decisão mais emotiva e vice versa, pois é assim que deveria ser, uma interferindo na outra para que não errássemos tanto. Até por que as decisões tomadas racionalmente podem ser erradas.


Talvez o ideal fosse um equilíbrio entre o racional e o emocional, com pequenas oscilações para um ou outro lado, mas será que isso acontece? Pois muitas vezes nos enganamos tomando decisões pela emoção e dizendo que foi pela razão, buscando mostrar um ponto de vista racional naquilo que escolhemos, para que isso faça sentido para os outros e nos dê um pouco de segurança.

Nas relações de amizade, amorosas, trabalho ou familiares, frequentemente nos deparamos com situações que exigem uma escolha e uma posição clara sobre um fato colocado. Muitas vezes no ímpeto da emoção, fazemos coisas sem avaliar o desfecho futuro, que tal ato pode desencadear nas nossas vidas e de outras pessoas o que com freqüência acontece de forma danosa movidos pela emoção momentânea em que tudo passa a ser secundário.


Na verdade, a emoção é o diferencial da espécie humana em relação aos outros animais e por mais que tentamos, não conseguimos de forma alguma deixá-la de lado.

Se isso acontecesse, deixaríamos a nossa condição humana e passaríamos a agir apenas por instinto.


Exemplo a sexualidade, somente os relacionamentos humanos que são sempre carregados de muita emoção e vários sentimentos que são responsáveis desde a aceitação até a repulsa por uma determinada condição. É a razão que nos diz se tal pessoa ou situação vale a pena ou não, através de vários pontos de vista, inerentes a cada um e a partir daí colocaremos ou tiraremos pessoas e situações da nossa vida, mas não é simples assim, as vezes a emoção nos faz manter ou não situações, pessoas, seja lá qual for o nível de relação com elas em nossas vidas.
E isso fará com que muitas coisas aconteçam, mudando ou não em nossa trajetória.


Em contrapartida, a razão é mais responsável, a meu ver, pelas formas de amar, visto que uma pessoa com firmes convicções seja pela religião, cultura ou qualquer outro, não deixará a emoção do momento sobrepor-se a isso. Significa que se você tem uma convicção sobre algo, não será através da emoção do momento que irá se sujeitar a fazer o contrário ou pelo menos era para ser assim.Também a razão tem muito a ver com o aprendizado de cada um, e isso pode tornar-se, em alguns casos, algo bastante individual.


Isso não significa dizer que a razão de um é menos ou mais importante que a de outro, apenas que tem pontos de vista diferentes e que cada um deve ser respeitado. Nos relacionamentos bem como em quase todas as coisas na vida, independentes da razão e emoção, vale-se dizer que devemos agir sempre com bom senso, procurando ao máximo a felicidade e realização das coisas que fazemos, respeitando sempre as opiniões contrárias, mas sem perder nossas convicções e sem sermos egoístas.
Razão e emoção devem, sempre que possível, andar o mais próximo entre si na busca de acontecimentos prazerosos, sempre com responsabilidade e senso crítico para não ter seu futuro prejudicado por ações impensadas

4 comments:

  1. Sempre as expericiencias mudam nossa forma de pensar =] gostei muito do texto

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  2. A Razão, a Emoção e a Maldade Premeditada... eis o que torna o ser Humano, na grande maioria das vezes, putrefato em relação aos demais animais. E claro, agir premeditadamente e sabendo das consequencias tbm... há as situações positivas e enriquecedoras para tudo acima, mas o que chama bastante a atenção na maioria das vezes, são as coisas negativas feitas...

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  3. errrr... ainda mais a parte dos animais.. errrr arhhhh sugiro a visão agostiniana planoniana sei lá mais o que que diz: SINTO, LOGO EXITO. Amor parte da emoção OBVIAMENTE. para não apela e dizer que tudo não parte da emoção. Não lembro que filósofo acho que pascoal disse: A razão serve apenas para melhor escolher o que a emoção nos impõe.


    Agora teu texto é bom.. muita coisa legal que me serviu.. AGORA O QUE NÃO ENTENDO É A GOOGLE COLACÁ-LO COMO PRIMEIRO NA MINHA LISTA. isso é um absurdo....


    SUGIRO A TODOS LER TEXTO SEGUINTE DE LEONARDO BOFF
    http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/como-lidar-com-os-anjos-e-os-demonios-interiores/msg264560/#msg264560


    aBRAÇO fiquem com Deus.

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  4. Como lidar com os anjos e os demônios interiores.

    A viagem rumo ao próprio contro pode ser perigosa e longa.
    Leonardo Boff

    A razão não aparece como a realidade primeira. Antes dela há todo um universo de emoções que agitam o ser humano. Acima dela, há inteligência.

    O ser humano constitui uma unidade complexa: é simultaneamente homem-corpo, homem-psique e homem-espírito. Detenham-nos no homem-psique, vale dizer, no seu mundo interior, urdido de emoções e paixões, luzes e sobras, sonhos e utopias. como há um universo exterior, feito de ordens-desordens-novas ordens, de devastações medonhas e de emergências promissoras, assim há também um mundo interior, habitado por anjos e demônios. Eles revelam tendências que podem levar à loucura e à morte e a energias que nos podem trazer realização e felicidade.
    Como observava o grande conhecedor dos meandros da psique humana C. Gl Jung, a viagem rumo ao próprio centro pode ser mais perigosa e longa do que a viagem à Lua e às estrelas.
    Há uma questão nunca resolvida satisfatoriamente entre os pensadores da condição humana: qual é a estrutura de base de nossa interioridade, de nosso ser psíquico? Muitas são as intérpretes.
    Sustentamos a tese de que a razão não comparece como a realidade primeira. Ants dela há todo um universo de emoções que agitam o ser humano. Acima dela há inteligência, pela qual intuimos a totalidade, nossa abertura ao infinito e o êxtase da contemplação do ser. As razões começam com a razão. A razão mesma é sem razão. Ela simplismente está aí, indecifrável.
    Mas ela remete a dimensões mais primitivas da realidade humana, das quais se alimenta e que a perpassam. A razção pura knatiana é uma ilusão. A razão sempre vem impregnada de emoção, fato aceito pela moderna epistemologia. A cosmologia comtemporânea inclui na ideia do universo não apenas energias, galáxias e estrelas, mas tam´bem o esírito e a subjetividade.
    Conhecer é sempre entrar em comunhão interessada e afetiva com o objetivo do conhecimento. Tenho sempre sustentado que o estatuto de base do ser humano não reside no cogito cartesiano (no eu penso, logo sou), mas no setnido platônico-agostiniano ( no eu sinto, logo existo), no sentido profundo. Este não põe em contato com as coisas, percebendo-nos parte de um todo maior, sempre afetando e sendo afetados. Mais que ideias e visões de mundo, são os sentidos, o amor e seus contrários, que nos movem.
    A razão sensível lança suas raízes no surgimento da vida, há 3,8 bilhões de anos, quando as primeiras bactérias irromperam ecomeçaram a dialogar quimicamente com o meio para sobreviver. Esse processo se aprofundou a partir do momento em que surgiu o cérebro lambisco dos mamíferos, há mais de 125 milhões de anos, portador de cuidado e amor pela cria. É a razção emocional que alcançou o patamar autoconecimento e inteligente com os seres humanos, pois também somos mamíferos.
    O pensamento ocidental é logocêntrico e antropocêntrico e sempre colocou sob suspeita a emoção por medo de prejudicar a objetividade da razão. Em alguns setores da cultura, criou-se uma espécie de lobotomia, quer dizer, uma grande insensibilidade face ao sofrimento humano e aos padecimentos pelos quais tem passado a natureza e o planeta.
    Nos dias atuais, nos damos conta da urgência de, junto com a razão intectual irrenunciável, incluir a razão sensível e cordial. Se não voltarmos a sentir com afeto e amor a Terra como nossa Mãe e nós, como a parte consicente e inteligente dela, dificilmente nos moveremos para salvar a vida, sanar feridas e impedir catástrofes.
    Ninguém nos poderá substituir. Somos condenados a ser mestres e discípulos de nós mesmos.

    Ja um tempo tenho esse texto do Boff que guardo com muito carinho, e claro me sinti na obrigação de compartilha-lo, gostaria tb de informações de vcs forumeiros, ou mesmo outos textos do gênero.

    ATT. Mr. espirita-teosofico.

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